PX8 vs PX7 S2e: Upgrade de verdade ou só de preço?

PX8 vs PX7 S2e: Upgrade de verdade ou só de preço?

A Bowers & Wilkins sempre foi sinônimo de luxo e fidelidade sonora no universo do áudio premium. Em 2025, a marca britânica reforça essa imagem com dois modelos de fones Bluetooth que despertam atenção: o PX7 S2e, evolução sutil da versão anterior, e o PX8, posicionado como modelo topo de linha, com acabamento e desempenho superiores.

A diferença de preço entre os dois é notável. O PX8 custa significativamente mais, o que levanta a pergunta: o salto de valor representa um ganho real de qualidade, ou é apenas uma decisão de marketing baseada em estética e exclusividade? Para usuários que buscam o melhor som no uso diário, vale a pena investir no PX8 ou o PX7 S2e entrega o suficiente por um preço mais racional?

Design e acabamento: sofisticação em dois níveis

Visualmente, tanto o PX7 S2e quanto o PX8 impressionam pela estética refinada. O PX7 S2e mantém o visual elegante da geração anterior, com estrutura leve, bem acabada e uso de materiais de alto padrão. Seu design é confortável, equilibrado e pensado para longas sessões de uso sem incômodos.

Já o PX8 aposta em um acabamento ainda mais premium. As hastes são reforçadas com alumínio polido, e as conchas trazem detalhes em couro macio. O design transmite exclusividade e presença. Segurá-lo nas mãos ou colocá-lo na cabeça transmite imediatamente a sensação de um produto de categoria superior.

Ambos são confortáveis, mas o PX8 se destaca em termos de sensação tátil e construção de luxo. Para quem valoriza estética e materiais nobres, o upgrade visual pode, por si só, justificar o investimento adicional. Mas para quem prioriza apenas conforto funcional, o PX7 S2e entrega praticamente o mesmo resultado.

Qualidade sonora: ajustes finos ou revolução acústica?

A sonoridade é onde os dois modelos realmente mostram suas diferenças — embora essas diferenças não sejam necessariamente dramáticas para todos os tipos de ouvido. O PX7 S2e já apresenta um som muito equilibrado, com médios presentes, graves controlados e agudos nítidos. Ele foi projetado para manter a assinatura acústica da marca, com detalhamento que agrada tanto em músicas pop quanto em jazz ou clássicos.

O PX8, por sua vez, eleva a experiência sonora com drivers de carbono de 40mm, que oferecem maior rigidez e menor distorção. O resultado é uma definição mais refinada, especialmente em frequências médias e altas. Há mais ar entre os instrumentos, mais profundidade no palco sonoro e uma apresentação mais natural dos vocais.

Em uma audição crítica com arquivos em alta resolução, o PX8 claramente entrega mais nuance e realismo. Mas para o usuário médio, a diferença pode ser sutil, especialmente se for ouvir via streaming padrão em plataformas como Spotify ou YouTube Music.

Cancelamento de ruído e modo ambiente: empate técnico

Ambos os modelos contam com cancelamento ativo de ruído, usando tecnologia adaptativa com múltiplos microfones. A performance é muito parecida nos dois: eficaz em ambientes urbanos, escritórios ou voos, embora não atinja o nível de profundidade do Sony WH-1000XM5 ou do Bose 700.

O modo ambiente também funciona bem em ambos, permitindo uma experiência natural ao captar sons externos com clareza. O software da Bowers & Wilkins permite ajustar a intensidade do cancelamento e do modo pass-through, oferecendo controle detalhado sobre a experiência sonora.

Nesse quesito, não há vantagem concreta de um modelo sobre o outro. O PX8 não oferece melhorias perceptíveis no cancelamento de ruído em relação ao PX7 S2e, o que reforça a ideia de que o investimento maior está concentrado em outros pontos, como a construção e a resposta sonora em alta fidelidade.

Aplicativo, bateria e conectividade

Tanto o PX7 S2e quanto o PX8 são compatíveis com o app oficial da Bowers & Wilkins, que permite equalização personalizada, atualização de firmware e ajuste de ANC. O aplicativo é limpo, estável e fácil de usar. Em ambos, há suporte a codec aptX Adaptive, o que garante boa performance em dispositivos compatíveis.

A bateria também não muda. São até 30 horas de reprodução com ANC ligado nos dois modelos, com carregamento rápido que proporciona cerca de 7 horas de uso com apenas 15 minutos na tomada. É uma autonomia sólida, embora inferior à de alguns concorrentes como o Sennheiser Momentum 4.

A conexão multiponto funciona bem nos dois fones, e a estabilidade Bluetooth é excelente. Eles se comportam como fones topo de linha no uso diário, com transições suaves entre dispositivos e baixa latência em vídeos e chamadas.

Vale a pena pagar mais pelo PX8?

A resposta depende diretamente do perfil do usuário. Se você busca o máximo de refinamento sonoro e valoriza materiais premium, o PX8 representa o ápice da linha Bowers & Wilkins. É um produto de luxo, com foco em fidelidade e estilo. Sua proposta não é apenas entregar áudio, mas também status e prazer tátil.

Por outro lado, se o seu foco está no melhor custo-benefício dentro do universo high-end, o PX7 S2e é uma escolha extremamente sólida. Ele oferece praticamente todos os recursos essenciais do PX8 com um desempenho sonoro que, para muitos, será mais do que suficiente.

A diferença entre os dois não está tanto na funcionalidade, mas sim na busca por uma experiência sonora mais precisa, uma construção mais requintada e uma apresentação mais sofisticada. Em termos práticos, o PX7 S2e continua sendo uma das melhores opções do mercado, especialmente considerando o valor cobrado em 2025.

Referências

Links para compra na Amazon

Maraisa Pinheiro é a criadora do Meu Melhor Fone, um blog dedicado a reviews, comparativos e recomendações de fones de ouvido premium. Apaixonada por tecnologia e qualidade sonora, ela une experiência prática, pesquisa aprofundada e linguagem acessível para ajudar consumidores exigentes a fazerem escolhas mais conscientes. Com foco em desempenho, conforto e inovação, seu conteúdo busca equilibrar informação técnica e usabilidade real no dia a dia.

Publicar comentário