JBL Tour One M2 em 2025: Ainda vale o investimento?
Lançado originalmente como o fone de ouvido mais avançado da JBL, o Tour One M2 chegou ao mercado com a promessa de entregar cancelamento de ruído de ponta, qualidade sonora refinada e um pacote premium de recursos. Mas, com o avanço das tecnologias em 2025 e a chegada de novos concorrentes, a grande dúvida é: ele ainda vale o investimento?
Com preço mais acessível hoje do que na época de lançamento, o modelo se posiciona como uma opção atrativa no segmento intermediário premium. Porém, é necessário analisar seu desempenho atual dentro do novo cenário competitivo, onde marcas como Sony, Bose, Sennheiser e Soundcore têm atualizado constantemente seus catálogos.
Design e conforto: sólido e funcional, mas já familiar
O JBL Tour One M2 mantém o mesmo design discreto e corporativo que o consagrou. As conchas têm formato ovalado com acabamento fosco, e o arco de cabeça possui bom acolchoamento. É um fone bonito, mas sem ousadia visual — claramente pensado para um público profissional ou mais reservado.
No quesito conforto, continua sendo uma escolha segura. O encaixe sobre as orelhas é firme, as almofadas são agradáveis ao toque e não causam incômodo durante longos períodos de uso. O peso é bem distribuído, mesmo em sessões prolongadas, como viagens ou jornadas de trabalho.
Em 2025, no entanto, o design já começa a parecer datado quando comparado a modelos mais modernos com soluções de dobradiça mais versáteis ou visuais mais elegantes. A construção ainda é robusta, mas não se destaca pela inovação.
Qualidade de som: equilibrado, com assinatura JBL refinada
Um dos pontos fortes do Tour One M2 é a qualidade sonora, algo que a JBL conseguiu aprimorar bastante nesta geração. A assinatura é típica da marca: graves encorpados, mas não exagerados, médios com boa presença e agudos bem definidos, sem agressividade.
É um som que agrada tanto ao ouvinte casual quanto ao usuário mais crítico. Ele entrega boa separação de instrumentos, dinâmica eficiente e um palco sonoro razoável. Pode não ser tão aberto quanto o de fones da Sennheiser ou Bose, mas ainda entrega imersão convincente.
O app JBL Headphones permite personalizar a curva de equalização, o que amplia a versatilidade do modelo. Em 2025, seu som continua atual, especialmente para quem consome gêneros como pop, eletrônico, rock ou R&B. Ele talvez não seja a melhor escolha para audiófilos puristas, mas entrega uma performance superior à média dos concorrentes intermediários.
Cancelamento de ruído: competente, mas superado por rivais mais novos
Na época do lançamento, o ANC do Tour One M2 foi considerado um dos melhores fora do eixo Sony-Bose. Ele funciona bem para cancelar ruídos contínuos, como motores, ventiladores ou tráfego urbano. No entanto, ao lado de tecnologias mais recentes, seu sistema começa a mostrar sinais de envelhecimento.
Modelos como o Sony WH-1000XM5, Bose QC Ultra e Sennheiser Momentum 4 já ultrapassaram a eficácia do cancelamento ativo da JBL em situações de ruído variado ou ambientes imprevisíveis. Ainda assim, o Tour One M2 continua competitivo para usuários que não exigem silêncio absoluto.
O modo ambiente e a tecnologia adaptativa são bons complementos. Eles permitem uma transição fluida entre escutar o ambiente ou se isolar. A experiência é funcional, mesmo que já não seja referência no mercado em 2025.
Conectividade e funções inteligentes: conjunto robusto e confiável
O fone segue equipado com Bluetooth 5.3, suporte a codecs como AAC e SBC e recursos como pareamento multiponto e sensores de uso. Isso garante uma experiência moderna de conexão com diferentes dispositivos, sem engasgos ou quedas de sinal.
O aplicativo JBL Headphones oferece ajustes finos, atualizações de firmware e configurações de ANC e toque. A interface é intuitiva, e a estabilidade do app foi aprimorada com o tempo. A JBL acertou ao manter o Tour One M2 atualizado via software ao longo dos últimos anos.
O assistente de voz integrado, os controles por toque e a função Smart Talk continuam funcionando bem, embora alguns comandos por gestos não sejam tão responsivos quanto nos fones mais recentes de marcas concorrentes.
Autonomia: excelente desempenho para uso intenso
A bateria do Tour One M2 segue como uma das mais confiáveis da categoria. Ele oferece até 50 horas de uso com o ANC desligado e cerca de 30 horas com o cancelamento ativado. Essa autonomia o posiciona confortavelmente entre os melhores, mesmo em 2025.
Além disso, o carregamento rápido é útil em emergências: com apenas 10 minutos na tomada, o usuário já garante horas adicionais de reprodução. É um dos pontos em que o fone ainda brilha em comparação a modelos novos de autonomia mais modesta.
Chamadas e microfones: resultado aceitável, mas não surpreendente
No quesito chamadas, o Tour One M2 entrega um desempenho sólido, especialmente em ambientes internos. Os microfones captam a voz com clareza, mas o isolamento de ruído externo não é tão avançado quanto o de modelos mais recentes voltados para reuniões ou uso corporativo.
Ele serve bem para chamadas informais, videochamadas e comandos de voz, mas usuários que buscam excelência para uso profissional podem considerar fones mais otimizados nesse quesito.
Vale a pena em 2025? Depende do perfil do usuário
O JBL Tour One M2 ainda é um excelente fone, especialmente considerando seu preço atual, que caiu bastante desde o lançamento. Ele oferece uma qualidade de som refinada, cancelamento de ruído competente, bateria robusta e um conjunto de funcionalidades sólidas.
Para usuários que valorizam um bom equilíbrio entre custo, desempenho e confiabilidade, ele é uma escolha segura. Não é o modelo mais moderno nem o mais avançado, mas continua extremamente funcional para a maioria dos usos — especialmente música, entretenimento e deslocamento urbano.
No entanto, para quem busca o que há de mais atual em ANC, design e fidelidade sonora, pode valer a pena considerar opções como o WH-1000XM5, o Bose QC Ultra ou até o novo Sennheiser Accentum Plus. O Tour One M2 não é mais referência absoluta, mas também está longe de ser obsoleto.
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